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sábado, 4 de outubro de 2014
[PONTOS IMPORTANTES PARA O JOGO] Chargers vs Jets


Qual a melhor maneira de acompanhar um jogo? Sabendo os caminhos que seu time pode (ou deve) percorrer para chegar ao resultado positivo. E é dessa forma que a partir dessa semana tentaremos trazer o que pode levar o Chargers a vitória ou a derrota no próximo jogo.

Contra o New York Jets como adversário a ser analisado, vamos ao que realmente importa.

O QUE PODE LEVAR A VITÓRIA?

PHILIP RIVERS

Não é novidade para ninguém que o ano de 2014 vem sendo fenomenal para o Quarterback. Chega a ser repetitivo expor todos os seus números semana após semana, mas fica difícil não citar: já são 9 passes para touchdown, apenas 1 interceptação, líder em precisão da liga (mais de 70%) e ratio de 115.

Ganhar de um jogador que está em alto nível como ele não é uma tarefa agradável para nenhuma equipe. O problema ganha mais relevância quando o ponto fraco da sua defesa é a secundária, como é o caso do Jets. Recheada de jogadores inexperientes, a secundária da Gang Green vem sofrendo mais do que o esperado: após 4 jogos, o time ainda não conseguiu nenhuma interceptação. A última equipe a passar os 5 primeiros jogos sem nenhuma pick foi o Buffalo Bills em 2002.

DEFESA DO CHARGERS

Lembram da temporada passada e como era sofrido ganhar um jogo com aquela "defesa"? Pois é. Em 2014 a história é totalmente diferente. Permitindo apenas 15.8 pontos por jogo, a defesa de San Diego é a quinta melhor nesse quesito.

E é no momento mais importante do jogo que ela aparece: o Chargers não permitiu um único ponto da equipe adversária no último quarto nos últimos três jogos. O que isso significa? Na NFL, principalmente em San Diego existe um bordão quando se perde um jogo: "temos que saber finalizar (a partida)", e é exatamente isso que aprendemos a fazer, finalizar um jogo.

Como se não bastasse, a defesa de John Pagano tem mostrado capacidade de ajustar os erros no decorrer dos jogos e encontrar o melhor plano de jogo para enfrentar o ataque adversário. Se o problema contra QB's versáteis incomodava em 2013, esse ano a história parece ter mudado. Desde Russell Wilson na semana 2, passando por EJ Manuel na terceira semana, e até mesmo Blake Bortles no último domingo, a defesa mostrou consistência contra esse tipo de jogador: jovem e versátil. E é nesse quadro que Geno Smith, Quarterback do Jets, entra.

Ataques ganham jogos, defesas ganham campeonatos.

TURNOVERS

Se seu time força turnovers, a chance de ganhar o jogo é grande. Parece óbvio, é óbvio. E a discrepância entre as duas franquias nesse quesito é grande. Enquanto o Chargers tem um saldo positivo de 5, segunda melhor marca da NFL, o Jets tem um saldo negativo de 6, pior marca da liga.

Geno Smith é o principal foco de erros da equipe. Em 20 jogos na carreira, o camisa 7 já soma 32 TO. Em 2014 são 5 interceptações e 2 fumbles. Smith sempre foi contestado em Nova York, e no último jogo enquanto a torcida gritava o nome do seu substituto, Michael Vick, o QB usou palavras e gestos obscenos contra os próprios torcedores. O ambiente não é dos mais agradáveis para enfrentar o Chargers e a sua forte secundária fora de casa.



SPECIAL TEAM

Dificilmente a unidade ganha o merecimento que merece. Só são lembrados quando vão mal. O do Chargers deve ser lembrado pelo lado positivo, uma vez que desde o ano passado vem tendo um desempenho para lá de satisfatório.

Liderados pelo Kicker Nick Novak, dono do melhor aproveitamento da história da franquia (88%) e de 27 Field Goals convertidos seguidos, a regularidade chama a atenção. Junto com o Punter Mike Scifres, que geralmente coloca o time adversário em situação desconfortável, aliado a ótima cobertura (principalmente de Darrell Stuckey e Seyi Ajirotutu), o Special Team do Chargers já mostrou ser capaz de decidir jogos.

Em um jogo que promete ser equilibrado até o final e com placar baixo, os ST das equipes serão fator determinante na partida.



O QUE PODE LEVAR A DERROTA?

ATAQUE TERRESTRE DO CHARGERS

Esqueçam aquele ataque dinâmico que tanto falamos no começo da temporada. As lesões mataram o time. Donald Brown e Branden Oliver não dão conta da tarefa. A linha ofensiva, cheia de lesões, também não ajuda.

Nessa altura do campeonato, o Chargers tem o segundo pior ataque terrestre da liga, e o pior em média (2.4 jardas por tentativa). Contra o Jaguars, que era a pior defesa contra a corrida, o time somou pífias 42 jardas em 19 tentativas. Não a toa a equipe correu apenas 5 vezes no primeiro tempo (menor marca da franquia desde 2009 e segunda pior desde 1990), e depois do intervalo em 25 jogadas, 21 foram passes. De dinâmico, isso não tem nada.

DEFESA DO JETS

A relação entre o jogo terrestre do Chargers e um possível fracasso no domingo tem muito a ver com este tópico. Se a secundária do Jets não é lá essa maravilha toda, contra o jogo corrido é fenomenal. O front seven da equipe é dona da melhor defesa no quesito citado, permitindo apenas 63 jardas por jogo em média. Em tese assusta, e é para ficar preocupado mesmo.

Além do mais, um time comandado por Rex Ryan não pode ser menosprezado. Ryan pode não ser o técnico mais carismático da NFL, mas sua capacidade em fazer de um time sem muitos talentos ser competitivo é gigantesca. Por que? Porque ele consegue montar uma defesa invejável. Ele é responsável por mandar as mais variadas tipos de blitz, não a toa o Jets é o time que lidera a NFL em sacks no momento, são 14. A unidade também é responsável pela maior porcentagem em pressão contra o QB adversário.



LESÕES

Por enquanto o time conseguiu lidar muito bem com todas as lesões ganhando os jogos que deveria ganhar. Mas, mais uma vez o time vai com o departamento médico lotado e em algum momento isso irá refletir no resultado. E por que não contra o Jets?

Pare para pensar um pouco: o Chargers está com o terceiro Center diferente como titular em 5 jogos. Está sendo forçado a usar o terceiro e quarto Running Back em ordem de titularidade. Na defesa, 7 dos 11 Linebackers apresenta algum tipo de problema físico e 4 deles não irão jogar a principio (Melvin Ingram, Reggie Walker, Manti Te'o e Jeremiah Attaochu). Na secundária, Shareece Wright está fora do jogo, ele que vinha sendo um dos destaques da unidade. Não é o bastante para afetar um plano de jogo?

PROBLEMAS NA RED ZONE

Apesar da melhora em relação a temporada passada, o ataque do Chargers continua enfrentando problemas nas últimas 20 jardas do campo. Rankeado como o 24ª pior time na Red Zone com apenas 6 touchdowns em 14 oportunidades, a indisciplina do time neste momento de capitalizar os pontos afeta a campanha. E quem deixa de marcar touchdowns para chutar field goals, aumenta a própria chance de perder.

Embora o ataque do Jets esteja ainda pior nesse quesito (terceiro pior time da liga), o jogo de domingo poderá ser resumido desta forma: aquele time que tiver maior sucesso na Red Zone, vencerá a partida. Parece simples, mas pelo que ambos times apresentaram, não é.

ATAQUE TERRESTRE DO JETS

A defesa do Chargers melhorou significativamente contra o jogo corrido a ponto de permitir menos de 100 jardas por jogo. Mas o adversário desta semana tem no ataque terrestre, sua principal arma ofensiva.

Liderados por Chris Johnson e Chris Ivory, auxiliados por Bilal Power, o Jets é dono do segundo melhor jogo corrido da NFL com média de 151 jardas por jogo. A chave para o sucesso, além dos três jogadores citados, é a forte linha ofensiva. Até que ponto a desfalcada defesa de San Diego sentirá as lesões é difícil prever, mas certamente o Jets tentará impor o jogo terrestre.

MENTALIDADE

Talvez a maior mudança do Chargers pós-Norv Turner seja a mentalidade vencedora implantada por Mike McCoy e todo o Coach Staff. E de que maneira isso refletiria de forma negativa no jogo da equipe? Por mais que eu acredite que isso é quase improvável de acontecer, os jogadores, assim como a torcida (principalmente) podem menosprezar o adversário, e esse é um dos maiores perigos na NFL (vide Steelers vs Buccaneers semana passada e tantos outros exemplos).

O que quero dizer é que estamos 3-1 e jogando um futebol americano fenomenal, o Jets com problemas está 1-3, mas isso não quer dizer que o time nova iorquino seja ruim. Muito pelo contrário. "As notas não refletem o que eu sei", essa não é a sua desculpa quando vai mal em alguma prova? É o mesmo aqui. O record do Jets não representa o quão competitivo o time é, e não seria a maior surpresa do mundo conseguirem uma vitória no domingo.



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