Mostrando postagens com marcador draft. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador draft. Mostrar todas as postagens
sábado, 16 de maio de 2015
[DRAFT 2015, 6º ROUND] Darius Philon


Em seu sexto e último round (já que a sétima escolha do draft de 2015 já havia sido trocada com o Cowboys para a aquisição de Sean Lissemore, NT), o San Diego Chargers selecionou o jogador Darius Philon, defensive tackle, de Arkansas. Foi a 192ª escolha geral do draft.

FICHA TÉCNICA

  • Nome: Darius Philon
  • Idade: 21 anos
  • Altura: 1,86m
  • Massa: 135 Kg

ESTATÍSTICAS EM 2014

  • Jogos que iniciou: 13
  • Tackles: 46
  • Sacks: 4.5
  • Tackles for loss (tackles para perda de jardas): 11.5
  • Fumbles recuperados: 3

COMBINE
  • 40 yard dash: 5,00 segundos
  • Bench Press: 26 repetições
  • Vertical Jump: 79 centímetros
  • Broad Jump: 2,72 metros
  • 3 cone drill: 8,00  segundos




PONTOS FORTES

Em uma posição em que o Chargers teve uma temporada muito razoável (ainda mais com a fraca segunda temporada de Reyes), Philon chega para tentar, logo de início, fazer algum barulho. Tem uma grande explosão no snap, com capacidade de penetrar na linha ofensiva adversária e realizar boas jogadas. Ademais, sabe sair bem de bloqueios.

Com sua rapidez, consegue a curvatura desejável para furar a linha ofensiva adversária ou conseguir um tackle em jogadas laterais. Sua versatilidade (pode jogar como defensive tackle ou defensive end) lhe conferiu habilidades interessantes. A sua aceleração é uma arma para situações de terceira descida.

Por ser um jogador rápido, pode ser colocado em situações de marcação por zona, bem como em observação ao QB adversário. Sai em velocidade pelas laterais, em momentos de perseguição a RBs. É um pass-rusher interior em potencial, o que é agradável, tendo em conta as opções do Chargers à posição (Reyes e Riccardo Mathews devem ser os jogadores com quem Philon disputará posição).

OBS: ele é o da flecha vermelha


PONTOS FRACOS

Philon não é grande suficientemente para jogar tantos snaps na posição de nose tackle (NT). Porém, pode ser utilizado em uma defesa 2-4-5 nickel em uma das posições de DT.

Precisa de mais tempo para adquirir volume. Para sua posição -- e levando em conta os jogadores de linha ofensiva de nível NFL -- é necessário ter mais força. Além disso, não consegue se desvencilhar tão bem de guards adversários quando é arrebatado por eles. Seria interessante melhorar os spin moves (algo parecido com o que Freeney-mais-novo-aquele-que-não-tivemos-no-time fazia).

Concentração é um ponto que preocupa um pouco. Em alguns momentos, é pego de surpresa com o snap e não consegue exercer sua explosão. E é esta falta de concentração que dificulta mais ainda seu já fraco ataque aos running backs adversários.

Um dos grandes problemas é que Philon carece de tamanho e poder de reação (frente a guards e tackles adversários) quando joga em formações defensivas diferentes de 4-3. E adivinhem qual o sistema defensivo predominante do San Diego Chargers? Pois é... 3-4. O desenvolvimento desse jogador deve ser feito com mais intensidade que o habitual, visto que saiu dois anos antes do College.



OPINIÃO
  • Nota (jogador): 6,0
  • Nota (escolha): 7,5

Defender-me-ei aqui, pessoas. Sim, vocês leram a nota 7,5 para a escolha. Não há necessidade de jogar o monitor pela janela, não. Penso que o time precisava de adição à função de pass-rusher, mesmo que ela tivesse sido feita muito tarde. Com a adição de Kyle Emanuel e Darius Philon, temos backup e jogadores que podem se desenvolver e ajudar a equipe de verdade. Pagano surpreendeu com chamadas defensivas interessantes na última temporada e vejo em Philon um acréscimo de explosão a essa nossa defesa tão... Chargers.

Eu tenho questionado o fato de escolher um jogador que saiu dois anos antes do futebol americano universitário. NFL não é brincadeira, pai. Philon precisa de mais corpo para dar voracidade à sua explosão, precisa melhorar seu jogo de mãos, precisa se estabelecer na equipe em uma posição cabível ao sistema defensivo de Pagano, precisa criar massa magra, precisa estar com a cabeça no jogo (e apenas no jogo). Em quanto tempo poderemos ter um starter em quem confiar? Pois é. Não sabemos.

Mesmo com toda essa necessidade de melhora, Darius tem potencial para surpreender -- e aqui vai a explicação para aquela nota 6,0 ali (que pode ter feito você esmurrar a parede, mas eu não ligo). Vendo alguns lances (clique aqui, vá. Crie esperanças comigo), podemos notar que ele, sim, tem uma agilidade bem convincente. Tem explosão e encara guards sem medo. Fortalecer um lado da linha ofensiva com o que Philon traz ao time pode ser providente para o que faltou na última (e na penúltima) temporada: pressão nos QBs adversários.

Enfim, com as variações tão corriqueiras do esquema defensivo de Pagano, podemos ficar um pouco contentes aqui. Philon precisa ganhar massa (haja academia e haja reza para que ele não se lesione) e, por isso, deve ser mais prudente colocá-lo para jogar, inicialmente, de defensive end. Ele não tem corpo para bater de frente, ainda, com um center e um guard. Melhorar a defesa é um ponto crucial para virarmos contender a Super Bowl (porque, né, essa vida de "quase" já está acabando com meu coração). Melhorar aquilo que Darius Philon tem a oferecer também. Um time joga junto -- e assim deve evoluir também.
Continue lendo →
quarta-feira, 13 de maio de 2015
[DRAFT 2015, 5º ROUND]: Kyle Emanuel


Ao subir logo na primeira rodada para selecionar Melvin Gordon, o Chargers abriu mão da sua escolha de quarta rodada, o que nos leva ao quinto round e a quarta escolha do time: OLB Kyle Emanuel, da universidade de North Dakota State.

FICHA TÉCNICA

  • Nome: Kyle Emanuel
  • Idade: 23 anos (16/08/1991)
  • Natural: Schuyler, Nebraska
  • Altura: 1,91 metros 
  • Peso: 115 Kg
COMBINE

  • Bench Press: 27 repetições (3ª melhor marca do Combine)
  • 40 yard dash: 4,77 segundos 
  • Vertical Jump: 86,36 centímetros
  • Broad Jump: 3,04 metros
  • 3 cone drill: 7,10 segundos 
  • 20 yard shuttle: 4,25 segundos
  • 60 yard shuttle: 11,78 segundos

PONTOS FORTES

Kyle Emanuel veio de uma conferência fraca na qual ele dominou a maioria dos seus adversários e por isso vem com números inflacionados (20 sacks e 32 tackles for loss). Ele não é tudo isso, mas também não é uma mentira. Emanuel é um bom pass rusher, mantém o centro de gravidade do seu corpo baixo o que dificulta para os marcadores terem domínio sobre ele. 

Aliado a isso, Emanuel tem um footwork muito interessante e um trabalho de mãos eficiente. No um contra um ele consegue ser eficaz empurrando seu marcador para cima do QB, isso quando já não se desvencilha dele na linha de scrimmage. 

Ele joga com uma inteligência que chama atenção, consegue se antecipar as jogadas e fazer uma boa leitura no decorrer dela. Tem certa velocidade tornando-o capaz de correr atrás de RB.

Conseguiu ler o read option e fez o tackle


Ótima penetração na linha de scrimmage

 Acho que ficou evidente o que ele fez


PONTOS FRACOS

Como de costume em casos semelhantes ao dele, sempre fica aquele ar de desconfiança de um jogador que vem uma universidade pequena e sem grandes adversários. Emanuel tem que melhorar seu repertório de pass rusher caso contrário será facilmente dominado na NFL. Quando faz a volta por fora para chegar no QB peca na velocidade.

Contra dois bloqueadores se mostra ineficiente, o diâmetro dos seus braços não o ajuda e contra o jogo corrido pode ser engolido se colocado no meio da linha. Não tem muita experiência na cobertura, mas o que mais preocupa é que muitos scouts apenas o consideram como um OLB de 3-4. 



OPINIÃO
  • Nota (jogador): 7,3
  • Nota (escolha): 8

Bem como seus números, as notas talvez estejam inflacionadas, mas por um motivo justo: o time precisava de um OLB e foi buscar um dos melhores disponíveis no terceiro dia. Achar um jogador capacitado como Emanuel já no quinto round não é tarefa fácil.

Apesar da preocupação com sua falta de versatilidade, Kyle Emanuel pode ser desenvolvido como um SAM LB no 4-3, apesar de acreditar que o Pagano só o usará em situações claras de passe/blitz no 3-4 tradicional. Se aprender algumas técnicas novas (coisa que deve acontecer) vai ser bem útil ao time e já deve ter algumas chances nesse primeiro ano.

O Chargers conseguiu, ao mínimo, adicionar um bom backup para Ingram ou Attaochu e é isso que devemos esperar de uma escolha tardia. Gostaria que essa posição fosse resolvida mais cedo? Sim, mas fico feliz com Emanuel.
Continue lendo →
domingo, 10 de maio de 2015
[DRAFT 2015, 3º ROUND]: Craig Mager


Com a terceira escolha no Draft de 2015 (83ª no geral), o San Diego Chargers selecionou o CB Craig Mager, da (pequena) universidade de Texas State.

Mager tem uma história de vida cativante. Aos 15 anos, ele perdeu sua mãe decorrente de uma meningite e uma overdose de analgésicos. Tendo que cuidar das suas três irmãs mais novas, Mager aprendeu ser o homem da família desde cedo.

O esporte sempre foi o passa tempo da família e depois do acontecido, passou a ser o "santuário" de Mager e sua principal maneira de esquecer dos problemas. As perdas continuaram a acontecer na vida dele quando seu técnico no High School morreu, vítima de um acidente de carro, e sua avó, com quem fora morar depois da morte de sua mãe, que morrera no ano passado.

Mager sempre usou isso com inspiração para alcançar o nível mais alto no futebol americano. Com a intenção de cuidar das suas irmãs e abrindo mão de muitas coisas durante sua adolescência, Mager pregava pela disciplina, e levou isso com ele para dentro de campo. Hoje, depois de fazer uma promessa para sua mãe, ele chega à NFL.

FICHA TÉCNICA
  • Nome: Craig Mager
  • Idade: 22 (11/06/1992)
  • Natural: Luling, Texas
  • Atura: 1,80 metros
  • Peso: 86 Kg



COMBINE
  • 40 yard dash: 4,44 segundos
  • Bench press: 17 repetições
  • Vertical jump: 96,5 cm
  • Broad jump: 3,3 metros
  • 3 cone drill: 6,83 segundos
  • 20 yard shuttle: 4,07 segundos
  • 60 hard shuttle: 11,35 segundos 

PONTOS FORTES

Craig Mager vem de uma escola pequena em que a competitividade não era lá tão grande. Apesar de ser um CB, Mager se destaca por ótimos tackles contra o jogo terrestre. Apareceu muito bem no combine demostrando uma ótima velocidade (um dos melhores no 40 yard dash) e agilidade, requisitos necessários (pra não dizer obrigatórios) de um corner.

Mager consegue aliar sua capacidade física ideal com agressividade. Foram 47 passes desviados e 8 interceptações na sua carreira de 4 anos no college. Foi titular em todos os jogos durante esse período. Serve como curiosidade, mas já teve alguma experiência retornando punts.



PONTOS FRACOS

Ainda é um jogador bem cru para a NFL. Vai precisar de algum tempo para evoluir. Apesar da velocidade, volta e meia é queimado porque fica mais atento no RB do que no WR. Na marcação mano a mano, deixa a desejar por permitir uma separação razoável para seu marcador.

Mager tem que aprender a aliar sua agressividade com inteligência. Muitas vezes, prefere o big hit ao invés de um tackle seguro e acaba se dando mal. Adora cometer umas faltas (Shareece Wright manda aquele abraço).




Duas jogadas idênticas em que ele permitiu o TD por se preocupar mais com o jogo corrido

OPINIÃO
  • Nota (jogador): 6,85
  • Nota (escolha): 6,3

Notas criteriosas? Sim. O Chargers deu um reach (quando o jogador sai muito antes do que o esperado) tremendo por Craig Mager. O jogador estava cotado para ser escolhido entre o 4º e o 5º round, mas certos times preferem abrir mão da sua quarta escolha no draft para selecionar um RB no primeiro round. Em condições normais, Mager seria uma ótima escolha para o time, mas não foi.

Desde o título do Seattle Seahawks em 2013/14 acompanhamos uma super valorização da posição de cornerback. Brandon Flowers seguiu essa linha afirmando que o corner é tão importante quanto o QB. E o Chargers vem investindo pesado na posição nas duas últimas temporadas e resolveu continuar tal investimento nesse draft.

Até concordo com Flowers, no entanto, voltamos para a questões das necessidades do time esse ano. Passado dois rounds, o Chargers ainda tinha, por cima, três posições fundamentais para arrumar. CB era uma das últimas a se pensar. E olha o que aconteceu...

Vai demandar um certo tempo para o Mager completar sua transição para o estilo profissional. Uma mudança para safety até faria mais sentido no princípio. O que ele pode e deve auxiliar no começo é nas blitz. Hoje, Weddle tem que fazer de tudo na defesa e, com a chegada de Mager, o camisa 32 pode se concentrar mais na marcação do que sair correndo atrás de QB.

Mager vem para compor elenco e, ao que tudo indica, sem grande impacto na sua primeira temporada na NFL.
Continue lendo →
quinta-feira, 7 de maio de 2015
[DRAFT 2015, 2º ROUND] Denzel Perryman



Em sua segunda escolha no Draft 2015, o San Diego Chargers selecionou o Inside Linerback Denzel Perryman, da tradicional Universidade de Miami. O jogador foi a 48ª escolha geral.


FICHA TÉCNICA
  • Nome: Denzel Perryman
  • Idade: 21 anos (05/12/1993)
  • Natural: Miami, Florida
  • Altura: 1,80 metros
  • Peso: 109 Kg


COMBINE
  • 40 yard dash: 4,78 segundos
  • Bench Press: 27 repetições
  • Vertical Jump: 81 centímetros
  • Broad Jump: 2,87 metros



PONTOS FORTES

Hard Hitter na essência. Assim podemos definir Denzel Perryman.

É um jogador muito físico, vai sempre pro contato pesado com a finalidade de matar a jogada. Tem como característica principal a boa leitura de corridas pelo meio da OL e preenchendo o gap correspondente. Ele não vai esperar o RB para fazer o tackle indo de encontro a ele (nessas horas eu prezo pela vida do adversário).

Tem uma técnica de tackle muito bem apurada e não deixa o adversário escapar. Uma das suas grandes virtudes é o instinto e para um jogador da sua posição, isso é fundamental. É um líder dentro de campo e não a toa seu jogo lembra muito o de Ray Lewis, sendo considerado por muitos o seu sucessor.

É o tipo de jogador que você quer no seu time e você vai entender rápido o porque disso.



PONTOS FRACOS

Tamanho e marcação mano a mano são as principais preocupações quanto a ele. Apesar de ser forte, Perryman não tem o físico ideal para um jogador da posição e por conta disso pode ficar presos em bloqueios com certa facilidade (principalmente em screens). O poder de sair desses ainda é precário e se ele quiser ter o mesmo sucesso do colegial na NFL, vai precisar apurar essa técnica.

Ele deve ser utilizado apenas em primeiro e segundo downs no início, tal como em Miami. Em situações claras de passe ele deve ficar de fora. Muitos criticam sua marcação em zona, mas na marcação individual Perryman sofre um pouco mais já que a velocidade não o ajuda muito. No entanto, ele ainda pode ser desenvolvido e usado em algumas situações de terceiro down.

Por ser agressivo, pode ser vulnerável a play actions (na ânsia de matar a jogada ele ameaça uma blitz e acaba ficando pelo caminho). Até por isso ele não deve ser muito utilizado em blitz (o Chargers não tem a característica de mandar seus ILB pra cima do QB adversário).



OPINIÃO

  • Nota (jogador): 8
  • Nota (escolha): 8

Temos um hard hitter!

Isso deve ter passado pela cabeça de muitos torcedores quando foi anunciado a escolha do Perryman. No entanto, ele traz um misto de êxtase e confusão. O jogador é físico, ok, muitos torcedores e analistas pediam isso na franquia, pois viam a fragilidade da equipe em seus tackles. Por possuir tal característica, é um jogador que levanta a torcida e, além disso, pode ensinar uns Donald Butlers da vida a como fazer um tackle.

Entretanto, esperava-se que o front office usasse essa escolha para preencher needs mais urgentes da equipe, como OL e DL, principalmente pelo fato do time ter escolhido um RB no 1st round e, consequentemente ter perdido uma escolha nessa troca. Mas é compreensível, afinal o time tinha apenas 3 ILB no elenco (Te'o, Butler, Conner).

O que me deixa com um pé atrás nessa escolha é que Perryman não chega para ser titular do time, o que dificilmente aconteceria com um OT, por exemplo. Pelo terceiro ano consecutivo o time escolhe um LB na segunda rodada (Te'o em 2013 e Attaochu em 2014) e ele vai ter que brigar pelo seu espaço no time, o que deve ser extremamente prazeroso para o novo ILB do Chargers. A longo prazo, Perryman pode ser o líder dessa defesa e isso é extremamente animador.

Perryman era, para muitos, o segundo melhor ILB dessa classe, e qualquer dúvida quanto a sua escolha no segundo round deve ser respondida com um tackle.

HIGHLIGHTS


*é muito lindo ver esses tackles
Continue lendo →
segunda-feira, 4 de maio de 2015
[DRAFT 2015, 1º ROUND] Melvin Gordon


No primeiro round do Draft de 2015, a equipe do San Diego Chargers selecionou o RB Melvin Gordon, de Wisconsin. A franquia de San Diego trocou sua posição com o San Francisco 49ers, subindo da 17ª escolha para a 15ª para selecioná-lo. Além do mais, cedeu as escolhas de quarto round desse Draft e de sexto round do Draft de 2016 para os 49ers.


FICHA TÉCNICA
  • Nome: Melvin Gordon III
  • Idade: 22 anos (13/04/1993)
  • Natural: Kewaskun, Wisconson
  • Altura: 1,85 metros
  • Peso: 98 Kg



COMBINE
  • 40 yard dash: 4,52 segundos
  • Bench Press: 19 repetições
  • Vertical Jump: 89 centímetros
  • Broad Jump: 3,20 metros
  • 3 cone drill: 7,04 centímetros
  • 20 yard shuttle: 4,07 segundos
  • 60 yard shuttle: 11 segundos



PONTOS FORTES

Para muitos Melvin Gordon era o segundo melhor RB dessa classe, e olhando os números, de fato, impressionam. Nas últimas duas temporadas Gordon teve uma média de mais de 7 jardas por carregadas. Acumulou 29 TDs e quase 2.600 jardas só em 2014, e ainda quebrou o recorde de jardas em um único jogo (408) que pertencia a um ídolo do Chargers: LaDainian Tomlinson. 12 jogos com mais de 100 jardas. 6 com mais de 200. Números expressivos.

Uma das grandes qualidades do Gordon é a velocidade aliado com a força e a agilidade. Gordon foi um dos líderes no college quando se diz respeito a corridas de mais de 20 jardas, para mais de 40 jardas e assim por diante. Poderíamos ficar o dia todo jogando números aqui. A grande agilidade lateral dele chama a atenção e quando abre-se uma lane, a velocidade para escapar dos marcadores impressiona.

Em espaços reduzidos Gordon consegue fazer jogadas utilizando-se de um stiff arm bom, e um spin move efetivo aliado com a explosão. No mano a mano é quase imparável, por mais que hesite em alguns momentos. A mudança de direção sem perder velocidade é essencial para o sucesso dele. Uma das grandes preocupações dos seus scouts era quanto a proteção do QB e, felizmente, ele vem melhorando.

PONTOS FRACOS

Para os oportunistas de plantão e que comemoram até hoje a saída do Ryan Mathews alegando que ele sofria muitos fumbles, podem ficar preocupados de novo. Gordon perdeu a bola em 5 dos seus últimos 6 jogos no college (7 no total), e esse número veio numa crescente ao longo dos anos (até certo ponto normal - o número de carregadas aumentou).

Gordon deixa a desejar quando tem que sair para receber algum passe (para isso temos Woodhead). Ainda tem que melhorar um pouco sua visão de jogo, principalmente nas corridas pelo interior da linha (curiosamente o tipo de jogada terrestre que o Chargers ama). Quase 20% das suas corridas em 2014 não tiveram ganho ou resultaram em perda de jardas, muitas vezes dependendo de um bom trabalho da linha ofensiva abrindo buracos.

Por mais que consiga aliar força com velocidade e seja difícil de derrubá-lo no primeiro contato, Gordon ainda tem espaço para evoluir nesse quesito. Não é o tipo de jogador que você verá empurrando uma pilha de marcadores enquanto busca jardas extras.




OPINIÃO

  • Nota (jogador): 9
  • Nota (escolha): 7

Dói falar isso, mas ao meu ver o Chargers errou. Não por ter selecionado Melvin Gordon, mas por ter selecionado um RB no primeiro round dando duas escolhas em troca. É um valor salgado demais.

Running Back era uma necessidade da equipe? Sim. Gordon é bom? Muito. Mas o time tinha/tem outras necessidades e que seriam melhores solucionadas com uma escolha de primeiro round. Além do mais, a classe de RB desse draft era muito boa: jogadores que estavam disponíveis até o terceiro round por exemplo, são capazes de serem titulares.

Como se não bastasse, ainda perdeu uma escolha desse draft (nem entro na questão do ano que vem). O depth do time não é lá essas coisas. Qualquer jogador é bem vindo, e o time simplesmente abriu mão de um. O Chargers foi o time com menos escolhas no Draft de 2015 com apenas 5 no total. A margem de erro do time agora é quase nula.

Novamente, eu não tenho quase nada contra o Gordon. Ele não é comparado à Jamaal Charles e LeSean McCoy a toa (por mais que eu ache exagerado). No entanto não podemos descartar o trabalho da linha ofensiva de Wisconsin que tem grande importância nos números do RB mais produtivo do college (veja no vídeo abaixo), o que me deixa com certa dúvida. Gordon é explosivo e um playmaker, mas sem uma linha ofensiva decente não vai fazer milagres (isso vale para qualquer RB).

A princípio ele traz uma dinâmica muito interessante ao ataque e já está acostumado ao estilo "pro". Wisconsin utilizou muitas formações que o Chargers também utiliza o que facilita ainda mais essa transição. Se tudo der certo, San Diego achou seu RB para, no mínimo, os próximos 4 anos, e o mais importante, deixa Donald Brown fora de campo e isso eu não discuto.

HIGHLIGHTS


*cuidado para não ser iludido com highlights de jogadores que jogam em skill position
Continue lendo →
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Vale a pena trocar Philip Rivers por Marcus Mariota?


No próximo dia 30 de abril, teremos o início do Draft 2015 e, junto com ele, uma série de especulações e dúvidas. E a principal especulação do momento envolve o Chargers e seu Franchise QB, Phillip Rivers.

CONTEXTUALIZANDO

Tudo começou em março quando, em uma entrevista a Kevin Acee (UT San Diego), Rivers disse que não pretende renovar seu contrato antes do término da temporada 2015 da NFL. E muito disso passa por uma possível mudança da franquia para Los Angeles.

Foi então que começou um bombardeio de informações sobre o futuro do Chargers e seu principal jogador. A principal delas envolve uma troca entre Tenessee Titans e Chargers: Rivers iria para a equipe de Nashville, enquanto a franquia de San Diego receberia a segunda escolha geral do Draft para draftar um QB conhecido pelo nome de Marcus Mariota.

E os rumores cresceram quando o staff da franquia, incluindo o HC Mike McCoy e o OC Frank Reich, viajaram para Eugene, Oregon, para conversar com Mariota e no dia seguinte realizar um workout fechado com o ex-jogador de Oregon.

VALE A TROCA?

Na iminência de perder Rivers e sair sem nada após 2015, o Chargers abriria mão do último ano de contrato do camisa 17 em troca de Mariota. Basicamente é isso. Mas quais as vantagens e desvantagens para o Chargers se essa troca vier a ocorrer?

Mariota é um bom jogador e muito inteligente. Como comparação, Mariota acertou 33 questões no Wonderlic Test (equivale ao teste de QI - 50 questões que devem ser respondida em 12 minutos). Mesmo número de acertos de Tom Brady. Philip Rivers fez 30, Peyton Manning e Drew Bress, 28. Por outro lado, o saudoso Blaine Gabbert fez 42, Fitzpatrick incríveis 48. Na prática isso não é relevante, mas ele tem sinais que o capacitam a ter sucesso na NFL.

Na sua última temporada no college, ele teve 42 TDs, apenas 4 INTs e uma precisão de 68%, bem como o prêmio de melhor jogador universitário. Além do mais, ele possui uma ferramenta que tende ser cada vez mais comum na transição de college para NFL: agilidade ao sair do pockett. Mas todos sabemos que essa transição nem sempre é bem sucedida.

Em Oregon, Mariota tinha um esquema que o favorecia. Muito parecido com que Chip Kelly tentou transportar da mesma universidade para os Eagles, o up-tempo do ataque permitia que as melhores características de Mariota ficassem evidentes. No entanto, na liga profissional esse modelo de jogo não surtiu os efeitos esperados. Por que com o Chargers isso seria diferente? A resposta, a princípio, seria negativa. Hoje o ataque de San Diego não é formado por jogadores com características favoráveis a esse modelo. Uma linha ofensiva lenta, sem nenhum recebedor que seja deep threat e, ainda, sem um RB de primeiro escalão.

O mais importante dessa história é que o Chargers abriria mão de ser um contender para começar uma reconstrução "fora de hora". Peyton Manning vai entrar na sua última temporada e já não é mais o mesmo dos velhos tempos. Teoricamente, a diferença entre Broncos e os demais times da divisão diminuíram, o que torna plausível uma conquista da AFC West nos próximos 2 anos e quem sabe uma sequencia boa nos playoffs (caso não troque Rivers, o Chargers ainda pode aplicar uma franchise tag no QB e garanti-lo por mais um ano).

Não duvido da qualidade do Mariota. Ainda acredito que ele irá se tornar um ótimo QB, mas não confio nele como confio em Rivers. Não agora. Por melhores que sejam seus scouts, não o vejo levando um time aos playoffs em um futuro recente. Não em um time que não seja voltado a ele. É mais fácil ele se acostumar a um time do que um time se acostumar a ele.

Por outro lado, trocando Rivers, o Chargers ganharia 15 milhões no cap (refletidos nos próximos períodos de free agency), draftaria um prospecto para ser seu QB franchise na próxima década e ainda teria a 17ª escolha do draft para selecionar um RB (talvez) para ajudar Mariota. Rivers quase foi morto na última temporada (encaminhar agradecimentos à linha ofensiva) e não se sabe ao certo como ele vai voltar.

McCoy ganhou jogos com Kyle Orton em Denver e ganhou um jogo de playoff com Tim Tebow, também em Denver. Com Mariota, as expectativas seriam melhores. Inteligente e atlético, o ex-signal caller de Oregon tem tudo para ter um futuro vitorioso. Não é exagero compará-lo com Russell Wilson (apesar de seus valores serem bem distintos no momento).

Por mais que Tom Telesco e até mesmo Philip Rivers tentem negar que o veterano continuará em San Diego, não é tão simples assim: Rivers tem uma ligação muito forte com a região de Tenessee. Nascido em Decatur, Alabama, a cidade natal dele fica a 90 minutos de Nashville. Pode pesar a favor da troca um grande conhecido dos torcedores do Chargers e agora HC dos Titans, Ken Whisenhunt. No entanto, Rivers abriria mão de suas últimas chances de ser campeão e calar aqueles que ainda tentam diminuir seu valor comparando-o com Eli Manning e Big Ben. E convenhamos: é difícil achar alguém mais competitivo que Rivers.
O Chargers espera que esse seja apenas um blefe de seu QB. O pior cenário seria Rivers continuar em San Diego em 2015, o time não alcançar os playoffs e acabar a temporada 8-8/9-7, ter uma escolha alta no draft de 2016, ir para Los Angeles e Rivers acabar se aposentando (de propósito) ou saindo "de graça" (novamente lembrando que existe a opção do franchise tag - essa custaria mais de 20 milhões de dólares).

De fato, os rumores começam a perder força conforme o Draft se aproxima (o que não é comum) e que nos levam a crer que tudo continuará da forma que está. Essa troca seria um plano B caso o time acredite em tudo que foi dito pelo seu signal caller. A resposta já tem data e é no próximo dia 30.

Vale a pena trocar Philip Rivers?
Não, os Chargers devem continuar com ele até acabar seu contrato.
Não, devem renovar com Rivers e aposentá-lo com a camisa dos Chargers.
Sim, Marcus Mariota é o futuro da franquia.
Sim, mas por outro jogador.

Continue lendo →