Depois de duas derrotas seguidas e entrar no bolo (indigesto) pela vaga no Wild Card, o Chargers viaja até Miami e só tem uma opção: vencer o Dolphins.
O adversário deste domingo é um dos milhares de times que estão na luta por essas duas vagas e um confronto direto pode determinar muita coisa.
O QUE PODE LAVAR À VITÓRIA?
Semana mais longa
Nos últimos três jogos a equipe de San Diego enfrentou um calendário muito complicado ao encarar os três adversários da divisão, dois deles vindo de semana de folga e por fim tendo que viajar para Denver e enfrentar o Broncos em uma quinta-feira. O resultado nesse período foi péssimo: apenas uma vitória.
Para o confronto de domingo a história é outra. Já que o time fez seu jogo na quinta (e a rodada "completa" é no domingo), o Chargers teve alguns dias à mais de descanso e se preparar para enfrentar o Dolphins. Além disso, as lesões que vem sendo a tona do time e prejudicando o desempenho em campo deram uma aliviada. Para esta semana o time vai sem muitos problemas e contando com o retorno de jogadores importantes.
Donald Brown e Branden Oliver
No jogo contra o Broncos o ataque terrestre foi um desastre (para dizer o mínimo). A culpa não era só de Branden Oliver, mas seria interessante ter alguém para ajudá-lo.
Depois de perder Ryan Mathews (que deve voltar no próximo jogo do time) e Danny Woodhead, a solução era Donald Brown, que também acabou se lesionando. O caminho foi acreditar em Oliver, e ele correspondeu dando o máximo que podia. Por três jogos o camisa 43 carregou o piano sozinho.
Para enfrentar o Dolphins, a equipe de McCoy contará com o retorno de Donald Brown e ter alguém para revezar as carregadas será fundamental e tende a ser um fator positivo ao ataque do Chargers. São RB's de características diferentes e que se completam dificultando para a defesa adversária.
Special Team
Coloque algo em sua cabeça: Special Team é parte fundamental em um jogo da NFL. E o do Chargers é muito seguro, e o do Dolphins não é dos melhores. Na teoria, a equipe da Califórina leva certa vantagem nesse quesito.
Mesmo sem ter um retornador de destaque, a cobertura do Chargers em situações de kickoff e punts é ótima e muito disso é resultado do trabalho de Mike Scifres. Isso sem mencionar o desempenho de Nick Novak que vem quebrando todos os recordes da franquia.
O do Dolphins tem problemas na cobertura, não tem um ótimo retornador, seu punter não é tudo aquilo (de 26 oportunidades, apenas 7 vezes colocou a equipe adversária dentro da linha de 20 jardas). Isto significa que o Chargers pode ter algumas boas posições de campo e obviamente isso pode definir o resultado final da partida.
O QUE PODE LEVAR À DERROTA?
Ryan Tannehill
Não subestime o QB do Dolphins. Ele pode não ser unanimidade entre os torcedores do time da Flórida mas ele tem seus momentos, principalmente depois que Bill Lazor chegou em Miami para ser o OC da equipe. Lazor foi um dos responsáveis pela temporada incrível de Nick Foles em 2013 na Philadelphia.
No último mês Tannehill teve um QBR de 98, acertando quase 70% dos passes (isto é número de Philip Rivers) e acumulou 7 passes para Touchdown. Como se não bastasse, ele consegue sair do pocket: o QB correu para pelo menos 30 jardas em três jogos consecutivos e todos sabemos da dificuldade que a defesa de John Pagano tem para conter esse tipo de jogador.
O pass-rush vai ter que funcionar porque se o também camisa 17 tiver tempo, ele pode fazer estrago na defesa do Chargers e só ele, o Dolphins e o Paulo Antunes querem ver isso.
Linha ofensiva do Chargers
Difícil falar o que foi mais trágico no último jogo, e a linha ofensiva não foge das críticas. Você olhava, ria, e achava que eram crianças jogando no profissional.
Nesta semana, a linha deve enfrentar mais dificuldade contra o pass-rush do Dolphins (falaremos mais adiante). Existe a ilusão que Philip Rivers é bem protegido e todos os problemas são escancarados no jogo terrestre. Para ter algum sucesso ofensivo, a linha terá que mostrar trabalho.
O maior exemplo de quão determinante ela pode ser é só olhar a partida da última quinta: a pressão em Rivers era constante, que por consequência apressava os passes que resultavam em passe incompleto ou na pior das hipóteses, em interceptação. Resta torcer para esse descanso de alguns dias ter algum impacto positivo nos nossos pedestres.
Pass-rush do Dolphins
Cameron Wake. Lembre-se desse nome quando ele sacar Philip Rivers ou ao menos pressionar o QB do Chargers. O camisa 91 já tem 5 sacks na temporada e é o principal nome da defesa do Dolphins. O problema é que não é só ele, a defesa de Miami já soma 21 sacks.
O resultado dessa pressão toda são os turnovers. Na semana passada, a secundária do time da Flórida interceptou Blake Bortles duas vezes e que resultaram em Touchdown em ambas as ocasiões. É uma unidade agressiva e contra uma linha cheia de problemas, o desastre parece ser iminente.
Para os supersticiosos ainda vale ressaltar alguns pontos: o Chargers não ganha do Dolphins em Miami há 33 anos (1981). Em 2013 as equipes se enfrentaram também na Flórida e a situação era parecida: San Diego vinha de duas derrotas consecutivas e (claro que) saiu derrotado se complicando pela briga dos playoffs (felizmente sabemos como acabou).
E se voce ainda teima em se basear em superstição: as três derrotadas do Chargers na temporada foram transmitidas pela ESPN aqui no Brasil e é o caso da partida de domingo. Não é uma boa relação entre as partes.
![[ANÁLISE] Dolphins vs Chargers - semana 9](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyT9ZMSIhg9DddrT6kYgnnCw8s7-7Gy7qP2pbIaemcaduNI-4DVh6WBxaFkUQVNYwYsOQMy7K4z_33x7ogvV_7kr2Ta9iZeQQQXn0UVD7mJeDnBM7_99066GkZFaCftAmsgcrzF6bhBi0/s72-c/B1dqgmVIYAAa8MW.jpg-large.jpeg)
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