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segunda-feira, 4 de maio de 2015
[DRAFT 2015, 1º ROUND] Melvin Gordon


No primeiro round do Draft de 2015, a equipe do San Diego Chargers selecionou o RB Melvin Gordon, de Wisconsin. A franquia de San Diego trocou sua posição com o San Francisco 49ers, subindo da 17ª escolha para a 15ª para selecioná-lo. Além do mais, cedeu as escolhas de quarto round desse Draft e de sexto round do Draft de 2016 para os 49ers.


FICHA TÉCNICA
  • Nome: Melvin Gordon III
  • Idade: 22 anos (13/04/1993)
  • Natural: Kewaskun, Wisconson
  • Altura: 1,85 metros
  • Peso: 98 Kg



COMBINE
  • 40 yard dash: 4,52 segundos
  • Bench Press: 19 repetições
  • Vertical Jump: 89 centímetros
  • Broad Jump: 3,20 metros
  • 3 cone drill: 7,04 centímetros
  • 20 yard shuttle: 4,07 segundos
  • 60 yard shuttle: 11 segundos



PONTOS FORTES

Para muitos Melvin Gordon era o segundo melhor RB dessa classe, e olhando os números, de fato, impressionam. Nas últimas duas temporadas Gordon teve uma média de mais de 7 jardas por carregadas. Acumulou 29 TDs e quase 2.600 jardas só em 2014, e ainda quebrou o recorde de jardas em um único jogo (408) que pertencia a um ídolo do Chargers: LaDainian Tomlinson. 12 jogos com mais de 100 jardas. 6 com mais de 200. Números expressivos.

Uma das grandes qualidades do Gordon é a velocidade aliado com a força e a agilidade. Gordon foi um dos líderes no college quando se diz respeito a corridas de mais de 20 jardas, para mais de 40 jardas e assim por diante. Poderíamos ficar o dia todo jogando números aqui. A grande agilidade lateral dele chama a atenção e quando abre-se uma lane, a velocidade para escapar dos marcadores impressiona.

Em espaços reduzidos Gordon consegue fazer jogadas utilizando-se de um stiff arm bom, e um spin move efetivo aliado com a explosão. No mano a mano é quase imparável, por mais que hesite em alguns momentos. A mudança de direção sem perder velocidade é essencial para o sucesso dele. Uma das grandes preocupações dos seus scouts era quanto a proteção do QB e, felizmente, ele vem melhorando.

PONTOS FRACOS

Para os oportunistas de plantão e que comemoram até hoje a saída do Ryan Mathews alegando que ele sofria muitos fumbles, podem ficar preocupados de novo. Gordon perdeu a bola em 5 dos seus últimos 6 jogos no college (7 no total), e esse número veio numa crescente ao longo dos anos (até certo ponto normal - o número de carregadas aumentou).

Gordon deixa a desejar quando tem que sair para receber algum passe (para isso temos Woodhead). Ainda tem que melhorar um pouco sua visão de jogo, principalmente nas corridas pelo interior da linha (curiosamente o tipo de jogada terrestre que o Chargers ama). Quase 20% das suas corridas em 2014 não tiveram ganho ou resultaram em perda de jardas, muitas vezes dependendo de um bom trabalho da linha ofensiva abrindo buracos.

Por mais que consiga aliar força com velocidade e seja difícil de derrubá-lo no primeiro contato, Gordon ainda tem espaço para evoluir nesse quesito. Não é o tipo de jogador que você verá empurrando uma pilha de marcadores enquanto busca jardas extras.




OPINIÃO

  • Nota (jogador): 9
  • Nota (escolha): 7

Dói falar isso, mas ao meu ver o Chargers errou. Não por ter selecionado Melvin Gordon, mas por ter selecionado um RB no primeiro round dando duas escolhas em troca. É um valor salgado demais.

Running Back era uma necessidade da equipe? Sim. Gordon é bom? Muito. Mas o time tinha/tem outras necessidades e que seriam melhores solucionadas com uma escolha de primeiro round. Além do mais, a classe de RB desse draft era muito boa: jogadores que estavam disponíveis até o terceiro round por exemplo, são capazes de serem titulares.

Como se não bastasse, ainda perdeu uma escolha desse draft (nem entro na questão do ano que vem). O depth do time não é lá essas coisas. Qualquer jogador é bem vindo, e o time simplesmente abriu mão de um. O Chargers foi o time com menos escolhas no Draft de 2015 com apenas 5 no total. A margem de erro do time agora é quase nula.

Novamente, eu não tenho quase nada contra o Gordon. Ele não é comparado à Jamaal Charles e LeSean McCoy a toa (por mais que eu ache exagerado). No entanto não podemos descartar o trabalho da linha ofensiva de Wisconsin que tem grande importância nos números do RB mais produtivo do college (veja no vídeo abaixo), o que me deixa com certa dúvida. Gordon é explosivo e um playmaker, mas sem uma linha ofensiva decente não vai fazer milagres (isso vale para qualquer RB).

A princípio ele traz uma dinâmica muito interessante ao ataque e já está acostumado ao estilo "pro". Wisconsin utilizou muitas formações que o Chargers também utiliza o que facilita ainda mais essa transição. Se tudo der certo, San Diego achou seu RB para, no mínimo, os próximos 4 anos, e o mais importante, deixa Donald Brown fora de campo e isso eu não discuto.

HIGHLIGHTS


*cuidado para não ser iludido com highlights de jogadores que jogam em skill position
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