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terça-feira, 2 de junho de 2015
A crise de liderança no Chargers


No melhor estilo "futebol brasileiro", o Chargers passa por uma crise de vestiário. Uma crise de liderança. E ela vai dos jogadores aos dirigentes.

Com a saída de Dwight Freeney, Jarrett Johson e outros veteranos, já era esperado certa falta de comando, mas a situação começou ficar fora de controle. Primeiro com Philip Rivers negando uma possível renovação de contrato temendo por uma mudança. Desde então Telesco e McCoy já se mostravam ausentes (para não dizer incompetentes) para lidar com tal situação.

Agora é com Eric Weddle. Discutivelmente o melhor FS da liga, Weddle quer renovar com você: o que você faria? Conversaria com ele, no mínimo. O que o Chargers prefere fazer? "Dane-se, não vamos sentar e conversar sobre um novo contrato com você". Não é inteligente tomar essa atitude.

Não quero discutir valores, mas Rivers e Weddle representam hoje muito mais do que alguns milhões de dólares para o time. Representam um ponto seguro onde os mais novos podem olhar e saber que dali sairão decisões coerentes buscando o melhor para todos dentro de um vestiário que tem 53 homens.

Eles estão ausentes, não porque querem, mas porque o Chargers assim fez. Faça um pequeno raciocínio e tente apontar mais três líderes dentro do time tirando os dois. Você não deve ter conseguido. Um jogador experiente não representa necessariamente um líder.


Telesco, hoje, prefere dar toda atenção para Corey Liuget, um jogador de 25 anos do que os citados acima. Por melhor que seja, Liuget não tem o mesmo perfil de líder deles. Ninguém tem. Um pequeno exemplo abaixo.

Neste último fim de semana aconteceu o anual torneio de dodgeball (queimada) em San Diego. Tanto os LBs como a DLs do Chargers possuem um time e sempre comparecem. Denzel Perryman, atual segunda escolha da equipe no Draft, impressionou a todos com sua habilidade atlética. O problema é que ele ficou de fora de alguns treinos semana passada por conta de uma lesão no tendão e não a toa ficou de fora das atividades nesta segunda depois das peripécias que aprontou. Era hora de algum veterano se impor e aconselhar Perryman ao que fazer naquele sábado ensolarado. 10 "veteranos", nenhum se importou com o companheiro que agora reclama no Twitter porque tomou bronca do treinador.

Lembram quando Keenan Allen tinha acabado de ser draftado pelo Chargers e postou uma foto com o boné dos Raiders? Weddle certificou-se que aquilo não aconteceria de novo indo conversar com o então rookie. A situação foi abafada e ninguém mais repercutiu.

A diferença é grande.

Se vocês acreditam que Weddle está sendo egoísta de não comparecer as atividades, que por sinal são voluntárias, então provavelmente devem concordar com o pensamento do querido HC McCoy: 'um jogador infeliz com seu contrato não deveria fazer parte da equipe. Os jogadores devem continuar seu trabalho sem ele (Weddle)'. Eu só tenho a lamentar ao ter que ouvir isso do treinador da equipe que torço.

É extremamente decepcionante quando se faz tudo pelo time, e é o que Weddle faz atualmente, e não tem seu trabalho valorizado pelo próprio treinador e GM. Telesco mentiu para todos falando que conversaria com o camisa 32 e agora não quer nem saber quanto seu franchise player quer receber. Preferem acusar Weddle de ser um "bebe chorão" do que resolver o problema como os melhores GMs resolveriam.

As especulações sobre o futuro do Rivers ser longe do Chargers talvez tenham diminuído, mas certamente ele anda acompanhando como o time está conduzindo essa situação e não deve estar muito feliz. Ninguém com alguma consideração pelo time deve estar.

Eu não sei o que Telesco e McCoy andam pensando, mas se no futuro, seus planos não passam por Eric Weddle e Philip Rivers, eles estão extremamente equivocados. A bola de neve só está crescendo, ou eles acabam com ela, ou isso vira uma avalanche.

Entrando no terceiro ano de trabalho da dupla, Telesco e McCoy parecem ter perdido o controle do time e estão fazendo de tudo para recusar a ajuda de pessoas que sabem o que fazem. É o primeiro passo para o fracasso.
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