Devido a lesão de Nick Hardwick que o deixará fora da temporada, era esperado que o Chargers promovesse algum jogador do Practice Squad ou fosse atrás de um Free Agent para conseguir um novo atleta para a posição, e a segunda opção foi a solução encontrada. Doug Legursky está na NFL há 6 anos, sendo os 5 primeiros pelo Pittsburg Steelers e jogando a última temporada pelo time de Buffalo.
Natural da Alemanha e com 28 anos de idade, Legursky jogou 63 jogos em sua carreira na NFL, sendo 28 desses como titular, além de atuar em todas as posições internas da linha ofensiva (Center e ambos os Guards). Legursky possui 1,85m de altura e pesa cerca de 143kg.
Rich Ohrnberger substituiu Hardwick no último jogo, porém vale lembrar que Tom Telesco draftou Chris Watt na terceira rodada desse último Draft. A escolha do Ohrnberger ao invés de Watt deve ser tratada apenas como uma medida de cautela para que o novato possa se adaptar melhor à NFL.
Legursky não deve ser titular, apenas chega ao Chargers para trazer uma melhor rotatividade para o elenco, que no ano passado já teve diversos problemas com a linha ofensiva.
Desde quinta-feira (8), tudo relacionado a NFL tem a palavra Draft no meio, afinal, todos sabem da importância deste para a construção de um time. Em 2014, a equipe tinha algumas deficiências que precisavam ser corrigidas e nada melhor que o Draft para resolvê-las. Vamos logo ao que interessa, o desempenho da equipe no evento.
JASON VERRETT, CB, TCU
Era evidente que a posição mais carente da equipe era a secundária, principalmente na figura dos cornerbacks. O Chargers tinha a 25ª escolha do Draft, e precisava aproveitá-la para tentar curar um problema grave. Tom Telesco e McCoy viram em Jason Verrett essa oportunidade.
Pontos Fortes: apesar de ser baixo (1,75m e 85Kg), Verrett é muito rápido e por conta disso tem um poder de recuperação incrível. O CB compensa a sua falta de altura com um jogo agressivo (41 passes desviados, 9 INT, e 160 tackles na sua carreira em TCU). Tem um instinto muito bom, consegue se antecipar aos WR's, muito versátil e consegue fazer as jogadas que se espera de um CB com certa frequência.
Pontos Fracos: a sua altura é um problema, óbvio, questiona-se muito se ele consegue marcar os melhores WR's da NFL, e que principalmente, é bem maior que ele. Verrett já conviveu com algumas lesões e sua durabilidade na liga é outra dúvida. A questão emocional também pode afetar seu jogo
JEREMIAH ATTAOCHU, OLB, GEORGIA TECH
Para conseguir escolher Attaochu (nascido na Nigeria), o Chargers teve que fazer uma troca com o Miami Dolphins. O time da Flórida tinha a 50ª escolha, o Chargers, a 57ª. Na troca, os dois times inverteram essa posição e além disso, o Dolphins ganhou a escolha de 4º Round do Chargers. Attaochu veio para suprir mais uma necessidade da equipe.
Pontos Fortes: rápido, consegue chegar no QB com facilidade (31,5 sacks, 43,5 tackles for loss, 196 tackles e 4 fumbles forçados), extremamente atlético, versátil entre as linhas, pode jogar tanto mais recuado como com as mãos na terra. Boa movimentação lateral, espírito de liderança e inteligente.
Pontos Fracos: é controlado quando o marcador consegue colocar as mãos nele, precisa melhorar a questão da movimentação das mãos e braços até para fugir desses marcadores, precisa aprender a conciliar a sua grande explosão com mais força.
CHRIS WATT, OG, NOTRE DAME
Chegamos no 3º Round, e duas carências da equipe já tinham sido tratadas. A linha ofensiva, apesar dos ótimos números de 2013, precisava de reforço. A aposta foi em Chris Watt
Pontos Fortes: forte no jogo terrestre (140Kg, 1,90m), consegue abrir buracos para o RB, não deixa a desejar no jogo aéreo. Bom nos bloqueios auxiliares, atento ao jogo, boa movimentação, consegue controlar seus adversários, respeitado pela sua ética e profissionalismo.
Pontos Fracos: não tem braços e mãos largas para controlar com frequência seus adversários. Não é forte quando jogadores com uma capacidade maior que a dele vão em sua direção e inconsistente quando tem que marcar jogadores com boa movimentação.
RYAN CARRETHERS, NT, ARKANSAS STATE
Ele é grande, muito grande (1,85m e 153Kg), Carrethers foi a aposta do Chargers no 5º Round do Draft. A equipe precisava de um NT, mas ainda é cedo para dizer se Carrethers vai ser o futuro da equipe nessa posição.
Pontos Fortes: seu tamanho (lógico), consegue lidar com marcação dupla, grande capacidade de tackle, muito esforçado, resistente, dedicado, com um jogo sólido, com uma visão profissional do esporte.
Pontos Fracos: é deslocado com mais facilidade do que deveria ser, braços curtos e mãos pequenas. Deve melhorar o uso das mãos como a rapidez e colocação. Não tem tanto fôlego e não é fã dos treinos.
MARION GRICE, RB, ARIZONA STATE
Essa é uma escolha que pode ser contestada. O Chargers já possui um ótimo grupo de RB’s, gastar uma escolha, mesmo sendo de 6º Round, seria necessário?
Pontos fortes: agilidade, ótimo em quebrar tackles com cortes rápidos, boa movimentação lateral, bom retornador, ótimo recebedor e com boas mãos. Apesar de já ter sido acusado de participar de um grupo que andava pela cidade com um camionete atirando em pessoas com uma arma de paintball (!!), é reconhecido pela sua ética dentro de campo.
Pontos fracos: precisa ganhar massa, vai muito fraco para receber os tackles, não luta por jardas extras, sua proteção ao QB no jogo aéreo é questionável e precisa ser mais disciplinado ao correr as rotas.
TEVIN REESE, WR, BAYLOR
Desde a saída de Vicent Jackson o Chargers vem tendo problemas com o grupo de WR’s. Encontrou Keenan Allen (Deus) no Draft passado, mas não é o suficiente. Reese pode contribuir nesse grupo.
Pontos Fortes: grande impulsão, atlético, explosivo, consegue mudar de direção facilmente. Jogador vertical que aproveita a sua velocidade, consegue agarrar bolas que não parecem prováveis. Muito difícil de detê-lo após a recepção e tem habilidade para se tornar um playmaker.
Pontos Fracos: precisa desesperadamente ganhar corpo para ter algum sucesso na NFL (1,77m, 74Kg). Facilmente tirado da rota, no centro do campo é inconsistente , não tem capacidade de bloqueio, e sua duração na liga é contestável.
Essas foram as seis escolhas do San Diego Chargers no Draft. No geral foi bom, conseguiu cumprir com o objetivo principal de tentar arrumar as carências da equipe. Se vão dar certo ou não, só quando a temporada começar.